MATÉRIA ORGÂNICA “Engrenagem Motora do Solo”

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A comunidade agropecuária formada por diferentes segmentos e empresas, vive uma busca incansável pela maximização dos fatores de produção, visando garantir que seus negócios e empresas rurais sejam competitivos, econômica, social e ambientalmente. Dentro desse contexto de maximizar potenciais produtivos, a genética contribui significativamente para estabelecer altos tetos de rendimentos, mas em seguida vem o fator solo, que é um dos grandes responsáveis para assegurar que a genética expresse seu potencial, e assim transforma-se num dos gargalos e grande desafio na gestão de propriedades rurais.

                O solo é um organismo vivo, portanto, dinâmico, onde ocorrem inúmeras transformações e de onde as plantas retiram água e nutrientes, além de servir como suporte para sua sustentação. Nutrir plantas é tarefa complexa, muito mais do que a maioria de nós imaginamos.

                A matéria orgânica representa uma pequena fração da parte sólida do solo. Considerando-se as condições do sul do Brasil, podemos dizer que algo em torno de 2-3% do total do solo, mas é o fator mais importante sob o ponto de vista da fertilidade do solo. É a matéria orgânica do solo (MOS) que propicia a atividade biológica e a agregação do solo, melhorando sua estrutura, aeração, e também a infiltração, drenagem e armazenamento de água.

No manejo e conservação de solo, precisa-se entender que pelas condições de uso do solo e condições climáticas principalmente, fica evidenciado que a cada ano precisamos repor quantidades de material orgânico ao solo que propiciem acúmulo de matéria orgânica, compensando perdas e adicionando novas substâncias orgânicas ao meio. Essa reposição, pode ser feita de diferentes maneiras. Dependendo do perfil das atividades agroindustriais desenvolvidas em cada região, teremos disponibilidade de materiais orgânicos de variados tipos, que em sua grande maioria necessitam de tratamento ou adequação para atender a padrões legislativos, para que depois possam ser aplicados no solo. A diversidade de materiais ou resíduos orgânicos é grande, o que resulta em diferentes índices de conversão para o acúmulo de MOS.

                Os esforços e interesses são crescentes na busca da viabilidade técnica, econômica e ambiental, em transformar resíduos orgânicos provenientes de diferentes cadeias produtivas em fertilizantes orgânicos, por meio dos mais diversos processos de produção. Lembremos que esse trabalho de transformar passivos ambientais em fertilizantes, além de contemplar uma oportunidade de negócio, contempla uma necessidade de solução ambiental que a sociedade moderna tem, além de gerar empregos e renda.

                Sobretudo, é de suma importância, refletirmos que o maior patrimônio da humanidade é o solo, que apenas o tomamos emprestado da geração que nos sucederá, e se um dia o solo perder a capacidade de produzir alimentos, é bem provável que o impacto sobre a humanidade seja muito forte ou até mesmo derradeiro. Por isso, não esqueçamos que a “Engrenagem Motora” do solo é a MATÉRIA ORGÂNICA, ela é essencial na manutenção da parte viva do solo, composta por milhões de microorganismos, os quais são os responsáveis por reações de transformações indispensáveis para a nutrição de plantas.

                Vamos dar vida a vida, dando vida ao solo e devolvendo a ele a sua porção mágica, a MATÉRIA ORGÂNICA.

Jair Antonio Pimentel –  Eng. Agrônomo.

Ilustração: Freepek

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